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LISBOA
Tudo indica que o OE – 2011 vai ser aprovado, aliviando momentaneamente a pressão que os mercados internacionais estão a realizar sobre a dívida soberana portuguesa. Com a suposta passagem do OE – 2011 imperou o bom senso, na conjuntura actual, escolheu-se um mal menor, é melhor um mau Orçamento do que um país paralisado, sem actividade económica e em caos social.
É preciso pensar, se existir um colapso financeiro em Portugal, não só fica comprometida a actividade económica das empresas portuguesas em solo nacional mas também de muitas empresas portuguesas que apostaram na internacionalização, nomeadamente, para os países africanos de expressão portuguesa. Nem todas as empresas, que se internacionalizaram têm a dimensão da Mota-Engil, Soares da Costa ou da Somague. Empresas cuja dimensão permite um acesso mais facilitado as fontes de financiamento, mas existem muitas empresas portuguesas cuja dimensão é mais reduzida e não têm a mesma facilidade, se o mercado bancário português ficar fechado não é linear que essas empresas consigam obter financiamento nos mercados onde operam em condições minimamente competitivas, algo que pode inviabilizar vários projectos de empresas portuguesas. Perante, este cenário extremo, a reacção normal é deixar de trabalhar com a banca portuguesa e procurar alternativas na banca sul-africana. Quando a prioridade mais urgente de Portugal deveria ser o crescimento económico, não me parece inteligente a classe política estar a criar um ambiente de negócios desfavorável as empresas portuguesas, principalmente, quando o mercado doméstico vai estar excessivamente condicionado, com ou sem, OE – 2011. Tão pouco é linear que as empresas exportadoras consigam ganhar quota de mercado, não existe um cenário de estímulo, portanto, parece-me que nas circunstâncias actuais assegurar o financiamento da economia portuguesa é o requisito máximo para assegurar a sobrevivência de Portugal. António Marques
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